Saíram as notas do Enem... e agora?
- EEGIP
- 20 de jan. de 2020
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As notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 foram disponibilizadas para consultas na última sexta-feira, 17 de janeiro de 2020, no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Para ter acesso as suas notas, o participante deverá acessar o site (https://enem.inep.gov.br/participante/) utilizando seu CPF e a sua senha de participante. Aos que não lembram a senha, a plataforma do Enem disponibiliza uma ferramenta de recuperação de senhas. Os participantes terão acesso às notas da redação (que varia de zero a 1 mil) e de cada área de conhecimento: linguagens, ciências humanas, ciências da natureza e matemática.
A nota final do Enem pode ser representada pela média simples, que é calculada somando as notas das cinco provas, incluindo a redação, e dividindo por cinco. A média complexa é quando uma universidade estabelece peso para cada uma das provas, assim a média seria a soma das cinco notas multiplicadas pelos respectivos pesos e dividida pela soma dos pesos.
Desde 2017, o Enem não é mais aceito como forma de certificação do ensino médio. A partir daquele ano, essa função passou a ser exercida por outra prova: o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Candidatos que não tenham concluído essa etapa escolar – ou o ensino fundamental – na idade correta devem prestar o Encceja para que, dependendo do resultado, consigam o diploma. Uma alternativa pra quem não concluiu a educação básica é cursar a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) em nossa escola. Para o ano de 2020, a Escola Estadual Governador Israel Pinheiro está autorizada a oferecer no turno noturno a modalidade de EJA para alunos que necessitam de encerrar os anos finais do Ensino Fundamental (do 6° ao 9° ano) e também o Ensino Médio (1° ao 3° ano). Procure maiores informações em nossa Secretaria Escolar.
As notas do Enem permitem que o candidato ingresse no ensino superior de cinco formas diferentes: através do Sistema de Seleção Unificada (SISU), o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), universidades particulares que usam o exame como vestibular e universidades portuguesas, parceiras do governo brasileiro. A seguir, conheça um pouco mais sobre cada uma das possibilidades citadas:
SISU - Sistema de Seleção Unificada
O Sisu é um programa do Ministério da Educação (MEC) no qual são oferecidas vagas em instituições públicas de ensino. Para participar, é necessário ter prestado a última edição do Enem e tirado nota diferente de zero na redação. O sistema informatizado fica aberto por quatro dias. Durante esse período, os candidatos devem escolher, pelo site (https://sisu.mec.gov.br/), até duas opções de curso nas universidades participantes. Ao longo da semana, são exibidas notas de corte parciais, calculadas com base no número de vagas e no desempenho dos inscritos até o momento. Essa nota serve apenas como uma referência para que o aluno escolha cursos em que tenha maior chance de ser aprovado. É possível editar a inscrição até as 23:59 do último dia do Sisu. Depois do encerramento do prazo, são divulgadas as listas de aprovados. Cada universidade pode atribuir pesos diferentes para cada prova do Enem - por isso, a nota do mesmo candidato pode ser diferente em um curso de engenharia da USP, que prioriza o desempenho em matemática, e na graduação em letras da UFF, na qual a prova de linguagens terá um peso maior. Há duas edições do Sisu por ano.
Para participar do Sisu em 2020, é preciso ter feito o Enem em 2019, e não ter tirado nota zero na prova de redação. A abertura das inscrições será em 21 de janeiro e o fim das inscrições às 23:59 de 24 de janeiro. O resultado do Sisu será no dia 28 de janeiro de 2020.
PROUNI - Programa Universidade Para Todos
O Prouni oferece bolsas de estudo parciais (que cobrem 50% da mensalidade) e integrais (que cobrem 100% da mensalidade) em universidades privadas em cursos de graduação e de cursos sequenciais de formação específica. O programa tem dois critérios de avaliação: desempenho no Enem e a avaliação da renda familiar.
Para participar, o candidato não pode ter diploma de ensino superior, deve ter participado da última edição do Enem (2019) e tirado, no mínimo, média de 450 pontos na prova. Não é permitido ter zerado na redação. Também é preciso se enquadrar em um dos seguintes critérios de renda:
Bolsas integrais: renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário mínimo;
Bolsas parciais (50% da mensalidade coberta): renda familiar bruta mensal per capita de até 3 salários mínimos.
Entre as exigências, o candidato deve ainda se encaixar em pelo menos uma das seguintes situações:
ter cursado o ensino médio em escola pública;ter cursado o ensino médio em escola privada, desde que na condição de bolsista integral;ter alguma deficiência;
ser professor do quadro permanente de uma escola pública (nesse caso, o critério de renda familiar não se aplica).
O sistema de seleção é aberto uma vez a cada semestre. Informatizado (http://prouniportal.mec.gov.br), seleciona os alunos de acordo com o desempenho no Enem. Após o candidato ser pré-aprovado, precisa comprovar seus dados pessoais na universidade em que foi aprovado. Só assim a vaga estará garantida.
O início das inscrições para o Prouni 2020 será em 28 de janeiro e o fim das inscrições será às 23:59 do dia 31 de janeiro. A primeira chamada será no dia 4 de fevereiro, com o período de entrega dos documentos para garantir a matrícula de 4 a 11 de fevereiro. A segunda chamada será no dia 18 de fevereiro, com o período de entrega dos documentos para garantir a matrícula do dia 18 a 28 de fevereiro. A adesão à lista de espera será de 6 a 9 de março de 2020.
FIES - Fundo de Financiamento Estudantil
O Fies é diferente do Sisu e do Prouni: oferece um financiamento das mensalidades de universidades privadas. Não é uma bolsa de estudos. Em 2018, o programa foi modificado e passou a ser conhecido como “Novo Fies”. São duas modalidades:
a) Fies
Para quem serve: estudantes cuja renda familiar per capita seja de até 3 salários mínimos (R$ 2.994,00)
Como funciona: Pela nota do Enem, são selecionados alunos que terão as mensalidades da graduação financiadas a juros zero. O contrato de financiamento deve ser assinado na Caixa Econômica.
De quanto será o financiamento: Dependendo da renda do candidato, ele pegará emprestada uma determinada quantia. Por exemplo: supondo que tenha direito a 80% de financiamento. Se a mensalidade for de R$ 2 mil, ele terá de pagar R$ 400 por mês. Os outros R$ 1,6 mil serão quitados depois de terminar a graduação.
O que pagarão durante o curso: O estudante precisará pagar, todo mês, aquela quantia que não foi financiada (no exemplo acima, os R$ 400) + uma taxa de “gastos operacionais” com o Fies + um seguro de vida. Por que esse seguro? A justificativa é simples: em casos de invalidez ou morte do estudante, essa quantia compensará o governo da dívida do Fies que não será paga. De acordo com o MEC, o seguro é composto por parcelas mensais de cerca de R$ 5 – e nos cursos de medicina, de R$ 15.
E depois do curso? Assim que concluir a graduação, o formando precisará começar a pagar a dívida do Fies. Ou seja: quitar todo aquele valor que ele deixou de gastar durante o curso. Nessa modalidade do Fies, se não houver atraso, não há juros.
b) P-Fies
O que é: Essa modalidade, chamada de P-Fies, tem proporções bem menores. Em 2018, por exemplo, foram 2.500 contratos firmados – no Fies, o índice foi de 82.363 financiamentos.
Para quem serve: Estudantes cuja renda familiar per capita seja de 3 a 5 salários mínimos (R$ 2.994 a R$ 4.990)
Como funciona: A maior diferença do P-Fies em relação ao Fies é que o financiamento é firmado em agentes financeiros privados. São os bancos que vão definir as condições do pagamento, como os juros, por exemplo.
As inscrições para o Fies 2020 vão de 5 a 12 de fevereiro. A Pré-seleção será em 26 de fevereiro e a chamada da lista de espera de 26 de fevereiro a 31 de março de 2020.
Universidades particulares
Determinadas universidades privadas não participam do Prouni, mas utilizam a nota do Enem no lugar do vestibular próprio. Elas podem estabelecer regras para o processo seletivo, que é desvinculado de qualquer programa do governo. Há algumas instituições que aceitam a nota não só da edição mais recente do Enem, e sim de qualquer prova dos últimos cinco anos, por exemplo. Outras preferem colocar o exame como um bônus a ser adicionado ao vestibular tradicional.
Todos os anos, a Escola Estadual Governador Israel Pinheiro estabelece parcerias junto às universidades particulares para que seus egressos, na impossibilidade de usufruir de algum dos programas de incentivo do Governo Federal, possam cursar o Ensino Superior com bolsas de estudos que variam de 20% até 80% de desconto nas mensalidades dos mais variados cursos. As bolsas dependem da disponibilidade de vagas ou adesão à projetos específicos para esta finalidade. Se informe mais sobre nossas parcerias com as universidades privadas junto à direção de nossa escola. São universidades privadas parceiras da EEGIP:
Centro Universitário UNA;
Escola Superior Dom Helder Câmara;
Escola de Engenharia de Minas Gerais EMGE;
Faculdade Pitágoras;
Faculdade Única.
Universidades portuguesas
O Inep já estabeleceu parceria com 42 universidades de Portugal. Elas definem a forma de usar a nota do Enem no processo seletivo - os pesos de cada área do conhecimento e as regras para inscrição. No convênio, o governo brasileiro não transfere recursos nem paga auxílios estudantis aos aprovados. Abaixo, veja a lista completa de universidades portuguesas que usam a nota do exame e desde quando:
Universidade de Coimbra (26/05/2014)
Universidade de Algarve (18/09/2014)
Instituto Politécnico de Leiria (24/04/2015)
Instituto Politécnico de Beja (10/07/2015)
Instituto Politécnico do Porto (26/08/2015)
Instituto Politécnico de Portalegre (08/10/2015)
Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (09/11/2015)
Instituto Politécnico de Coimbra (24/11/2015)
Universidade de Aveiro (25/11/2015)
Instituto Politécnico de Guarda (26/11/2015)
Universidade de Lisboa (27/11/2015)
Universidade do Porto (09/03/2016)
Universidade da Madeira (14/03/2016)
Instituto Politécnico de Viseu (15/07/2016)
Instituto Politécnico de Santarém (15/07/2016)
Universidade dos Açores (04/08/2016)
Universidade da Beira Interior (20/09/2016)
Universidade do Minho (24/10/2016)
Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (24/03/2017)
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (05/04/2017)
Instituto Politécnico de Setúbal (05/04/2017)
Instituto Politécnico de Bragança (06/04/2017)
Instituto Politécnico de Castelo Branco (22/05/2017)
Universidade Lusófona do Porto (25/05/2017)
Universidade Portucalense (26/07/2017)
Instituto Universitário da Maia (26/07/2017)
Instituto Politécnico da Maia (06/10/2017)
Universidade Católica Portuguesa (22/01/2018)
Universidade Fernando Pessoa (26/02/2018)
Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (27/04/2018)
Instituto Leonardo da Vinci (27/04/2018)
Escola Superior de Saúde do Alcoitão (23/05/2018)
Universidade Lusíada (23/05/2018)
Universidade Lusíada-Norte (23/05/2018)
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (21/09/2018)
Escola Superior Artística do Porto (29/10/2018)
Universidade Europeia (20/12/2018)
Instituto Universitário de Lisboa (16/08/2019)
Universidade Autônoma de Lisboa (16/08/2019)
Instituto Politécnico da Lusofonia (16/08/2019)
Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa (16/08/2019)
Instituto de Estudos Superiores de Fafe (18/10/2019)
Como são calculadas as notas do Enem?
Imagine que dois candidatos, Ana e Lucas acertaram, no somatório dos dois dias de provas do Enem, 100 questões cada. No entanto, após a divulgação dos resultados oficiais, eles se surpreenderam: as notas eram diferentes, apesar do mesmo número de respostas corretas. Isso acontece por causa do modelo matemático pelo qual o exame é corrigido: Teoria de Resposta ao Item (TRI). Explicando de forma simplificada, é um método que busca priorizar a coerência no desempenho dos candidatos. Se alguém acerta as questões mais difíceis, mas erra aquelas consideradas fáceis, provavelmente "chutou" as respostas. Por isso, terá uma nota inferior à de um estudante que acertou as fáceis, mas errou as mais complexas.
A prova é preparada com perguntas pré-classificadas como fáceis, médias e difíceis. Espera-se que os candidatos acertem uma maior quantidade de questões com menor grau de complexidade, do que apenas questões de alta complexidade, o que fica caracterizado pelo modelo como "chute". Desta forma, a esses acertos são menos valorizados pelo método utilizado. Um exemplo didático: supondo que haja, no Enem, uma questão sobre quanto é 3 vezes 2. O candidato erra e responde 5, em vez de 6. Outra pergunta pede que o aluno calcule a área de retângulo cuja base meça 3 e a altura, 2. Ele responde corretamente: 6. Pelo TRI, mesmo acertando a pergunta mais difícil, faria menos pontos. Isso porque, se ele não conseguiu efetuar a multiplicação da primeira questão, não teria como saber a resposta da segunda. Ou seja: provavelmente, "chutou" a resposta.
O TRI apresenta as seguintes vantagens em relação ao método clássico de correção: ao detectar os famosos "chutes", ele premia o aluno que, de fato, se preparou para a prova; possibilita a comparação entre candidatos que tenham feito diferentes edições do exame; torna mais improvável que dois concorrentes tirem exatamente a mesma nota - já que o resultado final é divulgado com duas casas decimais (816,48 pontos, por exemplo).
Uma tática pra se dar bem nas provas do Enem é começar pelas questões que pareçam mais fáceis para o candidato. Mas é claro que cada um deve encontrar sua melhor forma de administrar o tempo da prova. O importante é entender que, ao "chutar" uma resposta, o aluno não perde pontos - apenas deixa de ganhá-los.
Expectativas 2020
A cada ano que se inicia, esperamos renovar sempre nossos compromissos para uma educação de qualidade e que dê suporte para que todos os nossos que almejam seguir seus estudos no Ensino Superior. Mesmo estando cientes que não é uma obrigação, nem vontade de todos os nossos alunos, esperamos prepará-los para os desafios que os esperam na vida após a formação na Educação Básica. E mais do que apenas prepará-los, nos orgulharmos dos homens e mulheres que serão. Ao longo de quase 53 anos, nossa escola tem contribuído, se orgulhado e participado da formação de nossa comunidade.
A EEGIP espera em breve divulgar os nomes de nossos alunos, egressos do 3° do Ensino Médio, nas modalidades regular e EJA, que foram aprovados e irão cursar o Ensino Superior no ano de 2020. Cada um de nossos egressos que continua os estudos, além da Educação Básica, são motivo de orgulho para toda nossa comunidade escolar. A vitória individual de cada um nesse momento significa uma grande vitória coletiva de nossa comunidade. Por isso merece ser muito celebrada!
A espera do início de mais um ano letivo, desejamos aos nossos alunos que formarão os 3° anos do Ensino Médio, um bom descanso nessas férias para que durante o ano de 2020, haja muito compromisso nos estudos. Fiquem atentos às oportunidades que surgirão durante o ano letivo para que no início do próximo ano, sejam suas, as conquistas que tanto nos trarão orgulho.
*Os dados utilizados na construção deste texto foram retirados do portal de notícias G1.
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